A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPMT) participou de audiência pública que debateu soluções para a população em situação de rua da capital na última quarta-feira (28), às 14h, na Câmara Municipal de Cuiabá.
Participaram do encontro a defensora pública Rosana Monteiro, o defensor Roberto Vaz Curvo, diretor da Escola Superior da Defensoria (ESDEP/MT), Cristiano Nogueira, ouvidor-geral da Instituição, Matheus Figueiredo Alves da Silva, defensor público-chefe da Defensoria Pública da União (DPU) em Mato Grosso, secretários municipais, representantes do Poder Judiciário, de entidades filantrópicas, entre outras instituições.
“A vida em situação de rua é uma situação complexa e essa política também tem que ser complexa. Então, não tem soluções fáceis. Não é internação compulsória que resolve, não é cadeia que resolve. O que resolve é criar oportunidades de saída da rua e fortalecimento dos direitos e da dignidade das pessoas que vivem em situação de rua”, afirmou Rosana.
O objetivo foi promover um grande debate sobre a possibilidade de os gestores públicos implementarem ações para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em situação de rua na capital.
A audiência, requerida e presidida pelo vereador Misael Galvão (PSB), ocorreu no auditório do Parlamento Municipal. Representantes do poder público municipal também falaram sobre o que tem sido feito para a melhoria da qualidade de vida da população em situação de rua.
Atendimentos - “A Secretaria de Saúde tem hoje um consultório itinerante que sai atendendo essa população. Na terça-feira, vai o dentista. Na segunda, quarta e sexta, vão junto com médico, psicólogo, toda uma equipe para propiciar uma saúde de qualidade para essa população que está na rua”, explicou Luiz Gustavo Palma, secretário-adjunto municipal de Saúde.
“Nós fomos a Brasília para trazer para Cuiabá uma decisão clara de arrumar moradia e emprego para a população de rua”, afirmou Alan Teixeira de Lima, líder do Movimento População de Rua.
O ex-morador de rua, que atualmente atua como empresário no bairro Pedra 90, revela que inicialmente muitas pessoas em situação de rua precisam de ajuda para sair do vício com entorpecentes. “Aqueles envolvidos com drogas, depois de nove meses de tratamento, podem ter uma casa, um bom emprego para voltar à sociedade”, relatou Lima.
Após a audiência, foi realizada uma reunião na Câmara para a organização de um seminário sobre a situação da população em situação de rua na capital. O evento está sendo organizado pela Escola Superior da Defensoria em parceria com outras instituições.
* Com informações da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Cuiabá.